Khiva no Uzbequistão

Khiva teve um papel de grande destaque na Rota da Seda, sendo a última paragem das caravanas antes da dura travessia do deserto iraniano. O seu centro histórico, rodeado por muralhas de dez metros de altura e conhecido como Itchan Kala, encontra-se na lista de locais Património Mundial da Humanidade da UNESCO no Uzbequistão.

O Uzbequistão é um país situado na Ásia Central que uma vez ligou o Ocidente à China antes da criação das principais rotas marítimas. E é hoje, através de seus monumentos, população e seu verdadeiro mosaico de línguas, povos e tradições, que o país preservou perfeitamente a sua herança cultural.

Khiva é uma das três cidades clássicas e apesar de parecer um pouco remota quando observada num mapa deve ser incluída no seu itinerário para visitar o Uzbequistão.

Monumentos a não perder:

  • Ichan Kala (o centro da cidade): o Palácio Real cercado por muros altos. A Cidadela (século V). A antiga Arca do Palácio-Fortaleza Kunya, a residência milenar dos Khans. O Harém do Palácio de Tash Hauli. A mesquita de sexta-feira. O Medersa Mohammad Amin Khan. O Minarete Islam Khodj. O mausoléu de Pakhlavan Makhmoud. Mausoléu de Makhmoud. O Museu de Medicina.
  • Dichan Kala (a parte baixa da cidade): O Palácio de Nouroullah Bey. A muralha exterior da cidade. Mesquita Sayyid Niyaz Shalikarbey. O Minarete Palvan Kari (21 m). Mesquita Abd-al-Bobo. O minarete de Bikadjan Bika (20 m).

A Viagem até Khiva


Minarete Kalta Minor Khiva
  • É muito provável que o visitante de Khiva chegue através da cidade de Urgench, a cerca de 35 km e onde se encontra um aeroporto e a estação de comboios que pode ser usada para viajar desde Samarkand, Tashkent ou  Bukhara.
  • Uma vez em Urgench terá que se deslocar ao Bazar, próximo do estádio do Dynamo, de onde partem os táxis partilhados para Khiva. A passagem deverá custar 1.000 UZS mas como sempre as viaturas só partem quando estiverem cheias. À chegada a Khiva, será deixado junto ao portão norte da cidade antiga.

Dica: As atracções que necessitam de um bilhete adicional têm uma pequena bilheteira junto à sua entrada. Se não pensa em visitar o interior de nenhum edifício, poderá preferir entrar na cidadela através de outro dos seus portões. Bilhete único No portão oeste da cidadela poderá adquirir um bilhete único que cobre a entrada na maioria dos locais acessíveis ao público e que é válido para dois dias. Custa 51.000 UZS (Cerca de 5 Euros) a que se adicionam 15.000 UZS (aproximadamente 1,50 Eur) para usar câmara.


Visitar Khiva


Itchan Kala


Itchan Kala Khiva
  • Itchan Kala significa literalmente “no interior das muralhas” e é a cidadela de Khiva, o seu núcleo histórico, considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
  • Tem quatro portões, sendo o de oeste o mais popular e utilizado pelos turistas. Para além dos edifícios notáveis que se encontram no interior desta área, o visitante poderá simplesmente vaguear pelas ruas do Itchan Kala, observado detalhes e as pessoas que ali levam uma vida normal.
  • As muralhas que envolvem a cidadela são dignas de alguma atenção. Infelizmente já não se encontram completas, mas cerca de 2 km de muralha estão ainda intactos. Os muros têm entre 6 a 8 metros de altura e na base, com 2 m de espessura junto à base. Destruídos e reconstruídos inúmeras vezes, os muros são feitos de tijolo cozido ao sol, com alguns fragmentos a datar do século V.
  • O portão norte, também chamado de portão de Urgench, é utilizado para ligação com a rede de transportes da cidade; o portão leste localiza-se junto ao caravansarai e é o mais bem preservado dos quatro… imagine tudo o que aqui se passou… a sua estrutura usada como prisão, os escravos fugitivos que eram recapturados pregados pelas orelhas ao portão, as execuções públicas que aqui eram efectuadas.
  • O portão sul é mais discreto, sendo basicamente usado apenas pelos moradores. Quanto ao portão ocidental, é o principal, sendo ali que se compra o bilhete para visitar a cidadela.

Palácio Tach Khaouli


Palácio Tach Khaouli
  • Este palácio encontra-se no interior da cidadela. O seu nome nome significa “Casa de Pedra” e foi mandado construir por Allah Kuli Khan entre 1832 e 1841, que mandou executar o primeiro arquitecto envolvido na obra por este não respeitar os prazos combinados.
  • O palácio tem uma planta rectangular, contendo mais de 150 quartos e nove pátios interiores. A parte norte, outrora a parte mais recatada do complexo, destinada ao harem de Allah Kuli Khan, está hoje aberta ao público e alberga uma série de lojas de recordações.
  • Na ala sul o visitante encontrará a sala do trono e uma intrincada série de salas que o manterão entretido por um bom bocado.
  • O interior do palácio é finamente decorado, especialmente com mosaico, e os pilares que sustentam partes das estruturas são de madeira talhada.
  • No início do século XX o palácio estava em mau estado de conservação, uma situação que se agravou nas décadas seguintes. A situação só melhorou após 1975, tendo o complexo sido sujeito a uma série de intervenções entre 1981 e 1996.

Minarete Kalta Minor


Minarete Kalta Minor Khiva
  • Este volumoso minarete foi mandado construir em 1851 por Mohammed Amin Khan tem um diâmetro especialmente amplo, e está totalmente revestido com mosaico.
  • O governante ambicionava ter um minarete tão alto que do seu topo conseguisse avistar Bukhara. Mesmo que tal fosse possível o seu sonho não se teria concretizado, pois faleceu quatro anos após o início dos trabalhos, que foram suspensos, deixando o minarete inacabado.
  • Ficou-se pelos 29 metros de altura. O projecto previa um minarete com 90 metros de altura. Mesmo assim é uma estrutura impressionante, cujas fundações se enterram no solo a uma profundidade de quase 15 metros.
  • Uma lenda diz que Mohammed Amin Khan soube das tentativas do governante de Bukhara de contratar o seu arquitecto responsável pela obra mas quando o mandou matar os assassinos já não o encontraram em Khiva.

Kuhna Ark


Kuhna Ark Khiva
  • Este palácio foi sede de governo e residência oficial do monarca, tendo sido inicialmente construído no século XII por Ok Shaykh Bobo e ampliado no século XVII. Encontra-se no interior da cidadela de Khiva, uma área considerada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
  • O palácio inclui uma série de elementos visitáveis, como a antiga prisão, logo à entrada, onde existe uma pequena exposição de armas, grilhetas e ferramentas de tortura.  Para o lado direito encontrará a Mesquita de Verão, ricamente decorada e incluindo uma exposição de artefactos arqueológicos.
  • Na antiga oficina de cunhagem está instalado um museu dedicado precisamente às notas e moedas que foram produzidas no local. Um ponto sempre interessante é a sala do trono, onde o monarca procedia aos julgamentos dos casos mais graves.
  • Existe uma torre defensiva que se pode subir, em troca de um pequeno pagamento adicional, e do topo da qual se usufruem de vistas únicas.

Madraça de Islom Hoja e Museu de Artes Aplicadas


Madraca de Islom Hoja khiva
  • Esta madraça é o edifício religioso mais recente de Khiva, tendo sido construída em 1910 e hospedando actualmente o Museu de Artes Aplicadas, talvez o melhor museu da cidade.
  • Aqui encontrará o visitante uma vasta colecção composta por objectos de madeira talhada, tapeçaria, pedra gravada e painéis de mosaicos decorativos.
  • Junto à madraça existe um minarete que poderá não ter o arcabouço do minarete Kalta Minor, mas é mais alto. Na realidade, com 57 metros, é o minarete mais alto do Uzbequistão.
  • O complexo pode ser visitado todos os dias entre as 9:00 e as 18:00.

Mesquita Juma


Mesquita Juma
  • A Mesquita Juma ou Mesquita de Sexta-feira é a principal mesquita da congregação, aquela onde se reúne a comunidade no dia santo do Islão.
  • No caso de Khiva vamos encontrar a Mesquita Juma mesmo no centro da cidadela.
  • Foi construída no século XVIII, mas no local existiam já ruínas de uma mesquita mais antiga, mencionada nas crónicas do viajante Mohammed al-Magisi que por ali passou no século X.
  • É uma mesquita com poucos adornos arquitectónicos, que pouco além vão da talha nas 212 colunas em madeira, datadas do século XII ao século XV, que sustentam a estrutura.

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